E quando já era tarde, Deus ordenou que se acendesse a luzeira para que suas irmãs acordassem o firmamento.
A mulher foi aos pés do pai e suplicou:
- Dá-me o meu milhagre Senhor!
- Livra a minha alma da espada do inimigo e a minha predileta da força do cão.
- Salva-me da boca do leão, sim, ouve-me...
- Está escrito no livro sagrado que Tu não despreza, nem abomina a aflição do aflito, nem esconde dele o Seu rosto, o ouve.
- Por que não me ouves, Senhor? Será tão horrendo assim os meus pecados?
- Vasculhe o meu coração, faxina a minha alma, retire deles os entulhos.
- Também está escrito que os mansos comerão e se fartarão, louvarão ao Senhor os que o buscam, será isso Senhor? Não sou mansa o suficiente para me entregares o meu milhagre? Como ficar mansa com o leão rugindo ao derredor de minha casa? Como aquietar se minha familia está tomada de castas que insistem em atacar sem permissão?
- Como aquietar enquanto se tem angústia?
- Julga-me Senhor! Pois tenho confiado em Ti e não vacilarei, porque o Senhor, somente o Senhor é minha luz e minha salvação. O Senhor é a minha força, de quem recearei?
- Um exercito me cercou, mas o meu coração não teme, ainda que essa batalha continue em Ti confiarei, pois, és o dono da guerra e da Paz. Esconda-me no seu pavilhão, no oculto do seu tabernáculo, ponha-me sobre a rocha que é Jesus Cristo.
E nesse dia, um anjo aproximou-se e sussurrou:
- Espera no Senhor. Anima-te e Ele fortalecerá o teu coração. Somente espera.
E a mulher cansada mas esperançosa, retirou-se. Olhando para o céu viu que não poderia contar as estrelas. Eram muitas.
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